MINERAÇÃO

sexta-feira, outubro 16, 2009 Edit This 0 Comments »
1 Introdução

Mineração é um termo que abrange os processos, actividades e indústrias cujo objectivo é a extracção de substâncias minerais a partir de depósitos ou massas minerais. Podem incluir-se aqui a exploração de petróleo e gás natural e até de água. Como actividade industrial, a mineração é indispensável para a manutenção do nível de vida e avanço das sociedades modernas em que vivemos. Desde os metais às cerâmicas e ao betão, dos combustíveis aos plásticos, equipamentos eléctricos e electrónicos, cablagens, computadores, cosméticos, passando pelas estradas e outras vias de comunicação e muitos outros produtos e materiais que utilizamos ou de que desfrutamos todos os dias, todos eles têm origem na actividade da mineração. Pode-se sem qualquer tipo de dúvida dizer que sem a mineração a civilização actual, tal como a conhecemos, pura e simplesmente não existiria, facto do qual a maioria de nós nem sequer se apercebe.

A imagem um tanto negativa desta actividade junto da sociedade em geral, sobretudo nas últimas décadas, deve-se sobretudo aos profundos impactos que ela pode ter no ambiente (sobretudo os negativos) e que têm sido a causa de numerosos acidentes ao longo dos tempos.

Por último, não nos podemos esquecer que a capacidade desta actividade em fornecer à sociedade os materiais que esta necessita não é infinita, pois muitos dos recursos minerais explorados são, pelo contrário, bastante finitos.

2 História da mineração

2.1 Pré-história

Os primeiros mineiros, datam provavelmente de 300 000 a.C., e ocupavam-se sobretudo da obtenção de sílex e cherte para a fabricação de utensílios e armas de pedra. As suas pedreiras e cortas levaram à criação primeiro de galerias e mais tarde de poços e finalmente às primeiras explorações subterrâneas durante o neolítico. Surpreendentemente, algumas destas minas subterrâneas, escavadas em giz no sul da Inglaterra e norte de França atingiam os 90 metros de profundidade. A partir daqui a humanidade passou a dirigir a sua atenção também para os minérios metálicos. Inicialmente os metais eram apenas apreciados como pedras ornamentais. Por volta de 40 000 a.C. era extraída hematite, na actual Suazilândia, para utilização em pinturas rituais. Entre 7000 a.C. e 4000 a.C. desenvolveu-se a metalurgia do cobre até à produção de ligas com características variáveis de fusão, dureza e flexibilidade. A tecnologia pirometalúrgica apareceu pela primeira vez no Médio oriente por volta de 6000 a.C..

2.2 Antiguidade

O bronze seria produzido a partir de 2600 a.C.. Cerca de 2000 a.C. os povos do mediterrâneo oriental eram já capazes da produção em massa de cobre, chumbo e prata a partir de minérios de óxidos e sulfuretos de metais, bem como de várias ligas metálicas. Por esta mesma altura, os povos pré-Hititas já utilizavam o ferro e os chineses iniciavam a extracção de carvão para utilização como combustível.

As minas de prata e chumbo de Laurium, próximo de Atenas, Grécia foram inicialmente exploradas e posteriormente abandonadas pelos micénios, no 2º milénio a.C.. Eram explorações a a céu aberto com pequenas galerias. Os atenienses retomariam a sua exploração cerca de 600 a.C., construindo numerosos poços de acesso e ventilação e utilizando o método de câmaras e pilares. O progresso da escavação era lento, estimando-se que um mineiro conseguisse um avanço de 1.5 m/mês na escavação de poços.

Cerca de 950 a.C. os Fenícios iniciam a exploração da mina de Rio Tinto, Espanha, para obtenção de prata. Por volta de 700 a.C. são utilizadas as primeiras ferramentas de ferro na extracção de sal-gema na Áustria e em 600 a.C. os chineses descobrem o petróleo e o gás natural em explorações de sal. As primeiras armas de aço aparecem na China em 600 a.C..

2.3 Idade média

Em 265 a.C. iniciam-se as Guerras Púnicas pelo controle dos depósitos argentíferos da Península Ibérica e pela mesma altura Teofrasto escreve a sua obra Sobre as pedras. Cerca do ano 900, os chineses inventam a porcelana. A maior contribuição romana para a mineração foram os dispositivos de remoção de água das minas, destacando-se a nora e o parafuso de Arquimedes.

2.4 Idade moderna

Em 1553 são utilizados pela primeira vez carris para movimentação de minérios, na República Checa e em 1556 é publicada a primeira edição de De Re Metallica de Agrícola, o primeiro registo abrangente sobre métodos mineiros e metalúrgicos. Em 1627 faz-se a primeira utilização de explosivos em mina na Hungria e em 1768 inicia-se a utilização bombas movidas a vapor para retirar água das minas de estanho da Cornualha.

2.5 Idade contemporânea

Em 1815 é fabricada a primeira lanterna de segurança para uso em minas de carvão, em 1825 é legalizado o primeiro sindicato mineiro em Inglaterra e em 1829 aparecem as primeiras jigas. 1848 é o ano do início da corrida ao ouro na Califórnia, em 1850 aparece em França, a primeira máquina de perfuração de rocha, em 1864 surge a primeira broca de diamante e em 1865 Alfred Nobel inventa a dinamite. Em 1876 são utilizados pela primeira vez martelos pneumáticos, na Alemanha. Os britadores de maxilas e os moinhos de bolas são aplicados pela primeira vez na Cornualha em 1880 e a primeira máquina de extracção a electricidade começa a funcionar em 1888, em Aspen, Colorado.

Em 1897 é inventada a mesa de Wilfley e em 1900 a lâmpada de acetileno; em 1901 é patenteado o processo de flutuação e em 1904 são utilizadas as primeiras locomotivas eléctricas (Inglaterra). Em 1950 inicia-se o uso de ANFO em mineração, em 1952 é inventada a mineração de urânio por lixiviação e em 1953 é apresentada a primeira máquina tuneladora. a mineraçao fez a primeira lanterna de segurança para o uso de minhas de carvão.

3 Fases da vida de uma exploração mineira

A vida de uma exploração mineira (mina ou pedreira) é composta por um conjunto de etapas que se podem resumir a:

  1. Pesquisa para localização do minério.
  2. Prospecção para determinação da extensão e valor do minério localizado.
  3. Estimativa dos recursos em termos de extensão e teor do depósito.
  4. Planeamento, para avaliação da parte do depósito economicamente extraível.
  5. Estudo de viabilidade para avaliação global do projecto e tomada de decisão entre iniciar ou abandonar a exploração do depósito.
  6. Desenvolvimento de acessos ao depósito que se vai explorar.
  7. Exploração, com vista à extracção de minério em grande escala.
  8. Recuperação da zona afectada pela exploração de forma a que tenha um possível uso futuro.

De notar que entre a fase de pesquisa e o início da exploração podem decorrer vários anos ou mesmo décadas, sendo os investimentos necessários nesta fase muito elevados (podendo ser da ordem das centenas de milhões de dólares) e o seu retorno não assegurado, o que ilustra bem o risco associado a esta actividade.

4 Métodos de lavra

Relativamente ao modo de escavação as minas podem dividir-se em dois tipos principais: minas subterrâneas e minas a céu aberto.

A escolha do método de lavra depende em grande parte da localização e forma do depósito mineral, devendo ser escolhido o método mais seguro e ao mesmo tempo mais económico. O desmonte do minério pode ser efectuado por meios mecânicos (por exemplo com escavadoras hidráulicas) ou com recurso a explosivos (na grande parte dos casos)

4.1 Operações de lavra

As operações executadas com vista à extracção de um minério e até ao seu processamento são sequenciais e podem ser resumidas da seguinte forma (no caso de desmonte com explosivos):

  1. Perfuração – o minério é furado utilizando máquina de perfuração hidráulicas; a perfuração é executada com diâmetro, comprimento e distâncias entre furos previamente calculadas;
  2. Desmonte – os furos previamente executados são preenchidos (ou carregados) com explosivo, procedendo-se então à detonação deste e consequente fragmentação do minério;

  1. Remoção – o minério assim fragmentado é carregado em caminhões, vagonetas ou outro meio de transporte, até à instalação de processamento, geralmente situada próximo da mina.


5 Problemas ambientais

Atualmente as companhias mineiras são obrigadas a cumprir normas ambientais, de encerramento e de funcionamento bastante estritas, de forma a assegurar que a área afectada pela exploração mineira regressa à sua condição inicial, ou próxima da inicial e em alguns casos até melhor que a inicial. Alguns métodos de exploração antiquados tiveram, e continuam a ter em países com fraca regulamentação, efeitos devastadores no ambiente e na saúde pública. Pode ocorrer contaminação química grave do solo nas áreas afectadas, a qual pode ser ampliada e disseminada por exemplo pela água, criando situações de contaminação maciça.

Outros problemas ambientais possíveis são a erosão, subsidência, abandono de resíduos perigosos, perda de biodiversidade e contaminação de aquíferos e cursos de água.

No entanto, as explorações mineiras modernas têm práticas que diminuíram significativamente a ocorrência destes problemas, sendo alvo de apertado escrutínio ambiental.


6 Fonte:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Minera%C3%A7%C3%A3o#Fases_da_vida_de_uma_explora.C3.A7.C3.A3o_mineira


TEMPERATURA DE FECHO

segunda-feira, outubro 12, 2009 Edit This 0 Comments »
Na datação radiométrica (ver o seu artigo principal), a temperatura de fecho (ou de bloqueio) refere-se à temperatura de um sistema, tal como mimneral, num tempo dado pela sua data/idade radiométrica. Em termos físicos, a temperatura de fecho á qual um sistema arrefeceu tal que já não haja qualquer troca de isótopo pai ou filha com o ambiente externo. Esta temperatura varia vastamente entre minerais diferentes e também difere dependendo dos átomos pai e filha a serem considerados.


Tabela de valores

Os valores seguintes são valores estimados de temperature de fecho de certos minerais alistados pelo sistema isotópico a ser usado. Estes valores são aproximações; os valores melhores de temperatura de fecho requer cálculos mais precisos e caracterizaçoes de caracter´risticas de difusão de grão mineral a ser usado.



Método de potássio-argon

Mineral

Temperature de fecho (oC )

Hornblende

530±40

Muscovite

~350

Biotite

280±40



Método de urânio-chumbo

Mineral

Temperature de fecho (°C)

Titanite

600-650

Rutilo

400-450

Apatite

450-500

Zircão

>1000

Monazite

>1000



Fonte:
http://en.wikipedia.org/wiki/Closure_temperature

DATAÇÃO RADIOMÉTRICA

terça-feira, outubro 06, 2009 Edit This 0 Comments »
1 A datação radiométrica ( muitas vezes chamada datação radioactiva) é uma técnica usada para datar materiais, habitualmente baseada na comparação entre a abundância observada de um isótopo radioactivo de ocorrência natural e os seus produtos de decaimento, usando taxas de decaimento conhecidos. É a fonte principal de informação sobre a idade absoluta de rochas e outras feições geológicas, incluindo a idade da própria Terra, e pode ser usada para datar muitos materiais naturais e feitos pelo homem. Junto com princípios estratigráficos, os métodos de datação radiométrica são usados na Geocronologia pa estabelecer a Escala do Tempo Geológico. Dentre as técnicas bem conhecidas são datação radiocarbónica, dataçãode potássio-argon e datação de urânuio-chumbo. Ela fornece uma fonte significante sobre as idades de fósseis e as taxas deduzidas de mudanças evolucionais. A datação radiométrica é tamném usada para datar materiais arqueológicos, incluindo artifactos antigos.
2 Fundamentos da datação radiométrica
2.1 Decaimento radiométrico
Toda a materia é composta de combinações de elementos quimicos, cada com o seu próprio número atómico, indicando o número de protões no núcleo atómico. Os elementos podem existir em isótopos diferentes, com cada isótopo de um elemento diferente de número de neutrões no núcleo. Um isótopo particular de um elemento particular é chamado nuclídeo (Figura 1). Alguns nuclídeos são instáveis, isto é, a dado momento, transformar-se-ão espontaneamento num nuclídeo diferente. Esta transformação pode ser cumprida de diferentes maneiras, incluindo decaimento radioactivo, quer por emissão de partículas(electrões, decaimento beta; positrões ou partículas alfa) ou por fissão espontânea e captura de elctrões.





Figura 1. Exemplo duma cadeia de decaimento radioactivo de chumbo-212 (212Pb) para chumbo-208 (208Pb) . Cada nuclídeo pai decai ou desintegra-se espontâneamente noutro nuclídeo filha (o produto de decaimento ou desintegração) via decaimento ou desintegração α ou decaimento ou desintegração β−. O produto de decaimento ou desintegração final, chumbo-208 (208Pb), é estável e já não pode sofrer desintegração (ou decaimento) radioactiva(o).
















Os átomos de um nuclídeo radioactive desintegram-se exponencialmente à taxa descrita por um prâmetro conhecido como meia-vida. Depois de decorrer uma meia-vida, uma metade de átomos de nuclídeo em questão terá desintegrado em um nuclídeo filha ou produto de decaimento (ou desintegração). Em muitos casos, o próprio nuclídeo filha é radioactivo, resultando numa cadeia de desintegração (ver a figura), terminando eventualmente com a formação de um nuclídeo filha estável (radioactivo); cada passo em tal cadeia é caracterizado por uma meia-vida distinta. Nestes casos, a meia-vida de interesse na datação radiométrica é a mais longa na cadeia, que é o factor limitador de taxa na última transformação de nuclídeo radioactivo em filha estável.
Em geral, a meia-vida de um nuclídeo depende somente das suas propriedades nucleares; na~é afectada por factores externos tais como temperatura, pressão e ambiente químico, ou presença de um campo magnético ou eléctrico. No geral, a meia-vida de qualquer nuclídeo é essencialmente constante. Em qualquer material que contém um nuclídeo radioactivo, a proporção entre o nuclídeo original e o(s) seu(s) produto(s) de desintegração muda de uma maneira predizível `a medida que o nucçídeo original desintegra-se.

2.2 Precondições
A equação básica de datação radiométrica requer que quer o nuclídeo pai quer o produto filha possam entrar ou deixar o material depois da sua formação. É essencial ter muita informação possível sobre o material a ser datado e verificar sinais possíveis de alteração. A precisão é melhorada se as medições são feitas em amostras múltiplas de locais diferentes do corpo da rocha. Alternativamente, se vários materiais diferentes podem ser datados da mesma amostra w são assumidos como formados pelo mesmo evento e estavam em equilíbrio com o reservatório quando foram formados, então eles devem formar uma isócrona. Esta pode reduzir o problema de contaminação. Na datação de urânio-chumbo, o diagrama de concórdia é usado que também diminui o problema de perda de nuclídeo. Finalmente, correcção entre diferentes métodos de datação isotópica pode ser exigida para conformar a idade de uma amostra.
A datação radiométrica precisa(ou exacta) geralmente requer que o pai tenha um meia-vida bastante longa que estará presente em quantidades significantes no momento de medição. A meia-vida de pai é precisamente conhecida e produz-se bastante produto filha para ser medida precisamente e distinguida da quantidade inicial da filha presente no material. Os procedimentos usados para isolar e analisar os nuclídeos pai e filha devem ser precisos e exactos. Isso envolve espectrometria de massa de razão de isótopo.
A precisão de um método de datação depende em parte da meia-vida do isótopo radioactivo envolvido. Por examplo, o C-14 tem uma meia-vida de 5,730 anos.
2.3 Temperatura de fecho
(ver o artigo principal de temperatura de fecho)
Se ummaterial que rejeita selectivamente o nuclídeo filha é aquecido, quaisquer nuclídeos filhas que foram acumulados serão perdidos por difusão, pondo o relógio isotópico no zero. A temperatura a qual isso acontece é conhecida como temperatura de facho ou temperatura de bloqueio e é específica a um material e sistema isotópico particular. Estas temperaturas são determinadas experimentalmente no laboratório por minerais de amostra usando uma fornalha de alta temperatura. À medida que o mineral arrefece, a estrutura do cristal começa a formar-se e a difusão dos isótopos é menos fácil. À uma certa temperatura, a estrutura do cristal formou-se suficientemente para prevenir a difusão dos isótopos. Esta temperatura é a que é conhecida como temperatura de fecho e representa a temperatura abaixo da qual o material é um sistema fechado para isótopos. Dessa maneira, uma rocha (fusão) ignea ou metamórfica, que está a rrefecer lentamente, não começa a exibir desintegração (decaimento) radioactivo medível até que arrefeça abixo da temperatura de fecho. A idade que pode ser calculada pela datação radiométrica é o tempo no qual uma rocha ou mineral é arrefecido até a temperatura de fecho.

2.4 Equacção de idade
A expressão matemática que relaciona a desintegração radioactiva com o tempo geológico é
D = D0 + N(eλt − 1)
Onde
t é a idade da amostra,
D é o número de átomos do isotope filha na amostra,
D0 é o número de átomos do isotope filha na composição original,
N é o número de átomos do isotope pai na amostra, e
λ é a constant de decaimento (ou desintegração) do isotope pai, igual ao inverso da meia-vida do isótopo pai vezes o logaritmo natural de 2.

A equacçaõ supracitada faz o uso de informação da composição dos isótopos pai e filha no momento em que o material a ser testado arrefeceu abaixo da temperatura de fecho. Todavia, a construção de uma isócrona (Figura 2)não requer informações sobre as composições originais, usando meramente as razões presentes de isótopos pai e filha para um isótopo padrão. Plote (projecção) duma isócrona é usada para resolver graficamente a equacção de idade e calcular a idade da amostra e a composição original.









Figura 2. Isócrona de Sm/Nd plotado de amostras do Great Dyke, Zimbabwe. A idade é calculada a partir do declive da isócrona (linha) e a composição original a partir da intercepção da isócrona com o eixo y.













3 Métodos modernos de datação

A datação radiométrica tem sido levado a cabo desde 1905 quando foi inventada pelo Ernest Rutherford como um método pelo qual alguém pode determiner a idade da Terra. Agora a datação pode ser feita em amostras tão pequenas como uma bilionésima parte de um grama usando um espectrométro de massa. O espectrómetro de massa foi inventado em 1940 e começou a ser usado na datação radiométrica em 1950. O espectrómetro de massa opera por gerar um feixe de átomos ionizados da amostra sob teste. Os iões viajam pelo campo magnético, que os desvia em diferentes sensores de amostragem, conhecidos como “taças de Faraday”, dependendo da sua massa e nível de ionização.



3.1 Método de datação de urânio-chumbo

(ver o seu artigo principal)



O esquema datação radiométrica de urânio-chumbo foi refinado de tal modo que a margem de erro nas datas de rochas seja tão inferior a 2 biliões de anos em 2.5 biliões de anos.
A datação de urânio-chumbo é muitas vezes feita no mineral zircão (ZrSiO4), embora ela possa ser usada em outros minerais tal como baddeleyite. Zircão e baddeleyite incorporam átomos de urânio na sua estrutura cristalina como substituto de zircão, mas rejeitam o chumbo fortemente. Ele tem a temperatura de fecho muito elevada, é resistente a meteorização química e é muito inerte quimicamente. O zircão também forma múltiplas camadas de cristais durante eventos metamórficos, que cada pode registar uma idade isotópica do evento.
Uma das suas maiores vantagens é que qualquer amostra fornece dois relógios, um baseado na desintegração de urânio-235 para chumbo-207 com uma meia-vida de cerca de 700Ma, e o outro baseado na desintegração do urânio-238 para chumbo 206 com uma meia-vida de cerca de 4.5 bilhões de anos. Isso pode ser visto no diagram de concórdia, onde as amostras projectam-se ao longo de um errócrono (linha recta) (Figura 3) que intersecta a curva de concórdia na idade da amostra.




Figura 3. um diagrama de concórdia usado da datação de urâneo-chumbo, com dados do Cinturão de Pfunze, Zimbabwe. todas as amostras mostram perda de isótopo de chumbo, mas a intercepção da errócrona (linha recta pelos pontos da amostra) e a concórdia (curva) mostra a idade correcta da rocha.










3.2 Método de datação de samário-neodímio
(ver o seu artigo principal)
Este método envolve a deisntegração alfa de 147Sm para 143Nd com uma meia-vida de 1.06 x 1011 anos. Níveis de exactidão de menos de 12Ma e 2.5 biliões de anos são alcançáveis.


3.3 Método de datação de potássio-argon
(ver o seu artigo principal)
Este método envolve a captura de elctrão ou desintegração de positrão de potássio-40 para argon-40. O potássio-40 tem uma meia-vida de 1.3Ba, e assim este método é aplicável às rochas mais antigas. O potássio-40 radioactivo é comum em micas, feldspatos, e hornblendes, embora a temperature de fecho seja razoavelmente baixa nesses materiais, cerca de 125°C (mica) para 450°C (hornblenda).



3.4 Método de datação de rubídio-estroncio
(ver o artigo principal)
Este método basea-se na desintegração beta de rubídio-87 para estroncio -87, com um meia-vida de 50 biliões de anos. Este método é usado para datar rochas ígneas e metamórficas, e também tem sido usado para datar amostras lunares. As temperaturas de fecho são tão elevadas que até se confundem. A datação de rubídio-estroncio não é tão precisa quanto o método de urânio-chumbo, com erros de 30 à 50 milhões de anos para uma amostra de idade de 3 biliões de anos.

3.5 Método de datação de urânio-tório
(ver o artigo principal)
Esta técnica de datação é baseadad na desintegração de urãnio-234 para tório-230, uma substância com uma meia-vida de cerca de 80 mil anos. É acompanhado por um processo secundário, no qual urânio-235 desintegra para protactínio-231, que tem uma meia-vida de cerca de 34 300 anos.
Enquanto que urânio é solúvel em água, o tório e proctactíno não o são, e desta forma eles são selectivamente precipitados nos sedimentos do fundo oceânico, dos quais as suas razões são medidas. O esquema tem um intervalo de centenas de milhares de anos.

3.6 Método de datação radiocarbónica
(ver o seu artigo principal)
O carbono-14 é um isótopo radiactivo de carbono, com um meia-vida de 5 730 anos, que é muito curta comparada com aquelas acima mencionadas. Noutros métodos de datação radiométrica, os isótopos pais pesados foram sintetizados nas explosões de estrelas (galáxias) massivas que espalharam materiais pelo universo, a serem formados noutros planetas (galáxias). Os isótopos pais têm estado a desintegrarem-se desde esse tempo e qualquer isótopo pai com uma meia-vida curta devia estar extinto até agora. O carbono-14 é uma excepção. Ele é criado continuamente através de colisões de neutrões geradas por raios cósmicos com nitrogénio na atmosfera superior. O carbono-14 termina como um componenete traço no dióxido de carbono (CO2) atmosférico.
Um organismo adquire carbono durante a sua vida. As plantas adquirem carbono através da fotossíntese, e os animais adquirem-no por consumo de plantas e outros animais. Quando um organismo morre, ele cessa de consumir novo carbono-14, o isótopo existente desintegra-se com um meia-vida (5730 anos) característica. A proporção de carbono-14 que sobra quando os restos do organismo são examinados, fornece uma indicação do tempo decorrido desde a sua morte. O limite de datação de carbono-14 encontra-se entre 58 000 à 62 000 anos.
A taxa de criação de carbono para estar razoavelmente constante. Todavia, as erupções locais de vulcões ou outros eventos que libertam grandes quantidades de dióxido de carbono podem reduzir as concentrações locais de carbono-14 e dar datas inexactas. As libertações de dióxido de carbono na biosfera como consequência de industrialização também têm reduzido a proporção de carbono-14 por uma pequena percentagem. Esses efeitos são cirrigidos pela calibração da escala de datação radiocarbónica.

3.7 Método de datação de cloro-16
O tempo de residência de 36Cl na atmosfera é de cerca de uma semana. 36Cl é útil para datar águas inferiores a 50 anos antes do presente. O 36Cl é útil noutars areas de ciências geológicas, incluindo a datação de gelo e de sedimentos.

3.8 Método de datação de luminescência estimulada opticamente

(ver o seu artigo principal)
Fontes naturais de radiação no ambiente libertam electrões e estes acumulam-se nos defeitos na estrutura de malha cristalina do metrial. Aquecer o bjecto libertará os electrões capturados, produzindo um luminescência. Quando a amostra é aquecida, a uma certa temperatura, ela arderá a partir de emissão de electrões libertados dos defeitos, e esta chama pode ser usada para estimar a idade da amostra para um threshold (valor mínimo de uma certa quantidade) aproximadamente 15 por cento da sua idade verdadeira. A data ou idade da rocha é re-estabelecida quando actividade vulcânica rederrete-a. Tipicamente, as temperaturas superiores a 400 garus Celsus re-estabelecerá o “relógio (clock)”. A isso dá-se o nome de luminescência.







3.9 Outros métodos
Os outros métodos incluem:
  • argon-argon (Ar-Ar)
  • iodo-xenon (I-Xe)
  • lântano-bário (La-Ba)
  • chumbo-chumbo (Pb-Pb)
  • lutétio-háfnio (Lu-Hf)
  • neon-neon (Ne-Ne)
  • rénio-ósmio (Re-Os)
  • urânio-chumbo-hélio (U-Pb-He)
  • urânio-urânio (U-U)


4 Datação com radionuclídeos extintos de vida curta
Datação radiométrica absoluta requer uma fracção medível de núcleo pai para manter-se na rocha amostra. Para as rochas que datam desde o princípio do sistema solar, esta datação requer extremamente isótopos pais de vida longa e, desta forma, as medições das idades exactas de diferentes rochas torna-se imprecisa.
No começo do sistema solar existiam vários radionuclídeos de vida relativamente curta tais como 26Al, 60Fe, 53Mn, e 129I presentes dentro da nebulosa (nebula) solar. Estes radionuclídeos estão extintos hoje mas os seus produtos de desintegração podem ser detectados em materiais muito antigos tais como meteoritos. Medindo os produtos de desintegração de radionuclídeos extintos com um espectrómetro de massa e usando plotes de isócronas, é possível determinar as idades relativas entre eventos diferentes no começo do sistema solar. Os métodos de dataçãobaseados em radionuclídeos extintos podem também calibrados com o método de U-Pb para dar idades absolutos.


4.1 O cronómetro de 129I - 129Xe
O 129I desintegra-se para 129Xe com uma meia-vida de 17 Ma. Uma vez que xénon é um gás nobre volátil, pode assumir-se que ele não existia em grandes quantidades na rocha. Uma vez que ele é mais raro que iodo, pode assumir-se que grande parte de 129Xe presente na rocha é um produto secundário de desintegração de 129I. O excesso da razão entre 129Xe e a abundância de 129I pode ser derivado usando o conteúdo médio de xénon do sistema solar como abundância natural.

4.2 O cronómetro de The 26Al - 26Mg
Outro exemplo de datação de nuclídeo extinto de vida curta é O cronómetro de The 26Al - 26Mg que pode ser usado para estimar as idades relativas de condrulos. 26Al desintegra-se para 26Mg com uma meia-vida de 720 000 anos. A datação é simplesmemte uma questão de encontrar a derivação apartir da abundância natural de 26Mg (o produto de desintegração de 26Al) em comparação com a razão dos isótopos estáveis 27Al/24Mg.
O cronómetro de 129I - 129Xe da uma estimativa do período de tempo da formação de meteoritos primitivos de cerca de 20 Ma. Uma vez que o xénon pode ter escapado das rochas, este período de formação pode ser mais curto. Por outro lado, o cronómetro de 26Al - 26Mg estima um tempo de formação para somente poucos milhões de anos (1.4 Ma para a formação de condrulos).



Fonte:

http://en.wikipedia.org/wiki/Radiometric_dating