EROSÃO

segunda-feira, abril 12, 2010 Edit This 0 Comments »
 Erosão é a destruição do solo e das rochas e seu transporte em geral é feito pela água da chuva, pelo vento ou, ainda, pela acção do gelo, quando este actua expandindo o material no qual se infiltra a água congelada. A erosão destrói as estruturas (areias, argilas, óxidos e húmus) que compõem o solo. Estas são transportados para as partes mais baixas dos relevos e em geral vão assorear cursos de água.
Em solos cobertos por floresta a erosão é muito pequena e quase inexistente, mas é um processo natural sempre presente e importante para a formação dos relevos. O problema ocorre quando o homem destrói as florestas, para uso agrícola e deixa o solo exposto, porque a erosão torna-se severa, e pode levar a desertificação.

A superfície da Terra como a conhecemos é formada tanto por processos geológicos que formam as rochas, como por processos naturais da degradação e também de erosão. Uma vez que a rocha é quebrada por causa da degradação, os pequenos pedaços podem ser movidos pela água, gelo, vento, ou gravidade. Tudo o que acontece para fazer com que as rochas sejam transportadas chama-se erosão.

Agentes da erosão
A superfície do solo, não castigado, é naturalmente coberta por uma camada de terra rica em nutrientes inorgânicos e materiais orgânicos que permitem o crescimento da vegetação; se essa camada é retirada, esses materiais desaparecem e o solo perde a propriedade de fazer crescer vegetação e pode-se dizer que, no caso, o terreno ficou árido ou que houve uma desertificação.
Águas da chuva: na superfície do terreno e no subsolo, as águas correntes são as principais causas da erosão.
A erosão depende fundamentalmente da chuva, da infiltração da água, da topografia (declive mais acentuado ou não), do tipo de solo e da quantidade de vegetação existente. A chuva é, sem dúvida, a principal causa para que ocorra a erosão e é evidente que quanto maior a sua quantidade e frequência, mais irá influenciar o fenómeno. Se o terreno tem pouco declive, a água da chuva irá "correr" menos e erodir menos.
Se o terreno tem muita vegetação, o impacto da chuva será atenuado porque a velocidade da água escorrendo no solo será diminuída devido aos obstáculos (a própria vegetação "em pé e caída") que agirão como pequenos degraus que evitam a erosão.
A erosão será diminuída também com as raízes das plantas que dão sustentação mecânica ao solo; além disso, as raízes mortas propiciarão ã existência de canais para dentro do solo onde a água pode penetrar e com isso, sobrará menos água para correr na superfície.
Se o solo é arenoso, o arrastamento será maior do que se ele fosse argiloso .
Vento; e
Gelo.

Fatores que contribuem
  • o desmatamento (desflorestação) desprotege o solo da chuva.
  • o avanço imobiliário em encostas que, além de desflorestar, provoca a erosão acelerada devido ao declive do terreno.
  • as técnicas agrícolas inadequadas, quando se promovem desflorestações extensivas para dar lugar a áreas plantadas.
  • a ocupação do solo, impedindo grandes áreas de terrenos de cumprirem o seu papel de absorvedor de águas e aumentando, com isso, a potencialidade do transporte de materiais, devido ao escoamento superficial.

Tipos de Erosão
Erosão por Gravidade
Consiste no movimento de rochas e sedimentos montanha abaixo principalmente devido à força da gravidade.

 

Erosão Pluvial

A erosão pluvial é provocada pela retirada de material da parte superficial do solo pelas águas da chuva. Esta acção é acelerada quando a água encontra o solo desprotegido de vegetação. A primeira acção da chuva se dá através do impacto das gotas de água sobre o solo. Este é capaz de provocar a desagregação dos torrões e agregados do solo, lançando o material mais fino para cima e para longe, fenómeno conhecido como salpicamento. A força do impacto também força o material mais fino para abaixo da superfície, o que provoca a obstrução da porosidade (selagem) do solo, aumentando o fluxo superficial e a erosão.
A acção da erosão pluvial aumenta à medida que mais água da chuva acumula-se no terreno, isto é, a retirada do solo dá-se de cima para baixo. Na erosão remontante acontece exactamente o contrário: a retirada do material se dá de baixo para cima, como é o caso das boçorocas. Uma ravina de origem pluvial pode progredir em direcção a uma boçoroca, mas não necessariamente. Da mesma forma podemos ter a progressão de boçorocas independente da erosão pluvial, pois esta depende do fluxo subterrâneo e não do fluxo superficial.


Erosão Eólica
 (ver o seu artigo pricipal erosão eólica)
Ocorre quando o vento transporta partículas diminutas que se chocam contra rochas e se dividem em mais partículas que se chocam contra outras rochas. Podem ser vistas nos desertos na forma de dunas e de montanhas retangulares ou também em zonas relativamente secas.


Erosão Marinha
A erosão marinha actua sobre o litoral modelando-o e deve-se fundamentalmente à acção de três factores:
·         ondas,
·         correntes, e
·         marés.
Tanto ocorre nas costas rochosas bem como nas praias arenosas. Nas primeiras a acção erosiva do mar forma as falésias, nas segundas ocorre o recuo da praia, onde o sedimento removido pelas ondas é transportado lateralmente pelas correntes de deriva litoral.
Nas praias arenosas a erosão constitui um grave problema para as populações costeiras. Os danos causados podem ir desde a destruição das habitações e infra-estruturas humanas, até as graves problemas ambientais. Para retardar ou solucionar o problema, podem ser tomadas diversas medidas de protecção, sendo as principais as construções pesadas de defesa costeira e a realimentação de praias.

Erosão Química
(ver o seu artigo principal meteorização ou intemperismo)
Envolve todos os processos químicos que ocorrem nas rochas. Há intervenção de factores como:
·         calor,
·         frio,
·         água,
·         compostos biológicos, e
·         reacções químicas da água nas rochas.
Este tipo de erosão depende do clima. Em climas polares e secos, as rochas se destroem pela troca de temperatura; e em climas tropicais quentes e temperados, a humidade, a água e os dejectos orgânicos reagem com as rochas e as destroem.

Erosão Glacial

As geleiras (glaciares) deslocam-se lentamente, no sentido descendente, provocando erosão e sedimentação glacial. Ao longo dos anos, o gelo pode desaparecer das geleiras, deixando um vale em forma de U ou um fiorde, se junto ao mar.
Pode também ocorrer devido à susceptibilidade das glaciações em locais com predominância de rochas porosas. No verão, a água acumula-se nas cavidades dessas rochas. No inverno, essa água congela e sofre dilatação, pressionando as paredes dos poros. Terminado o inverno, o gelo funde, e congela novamente no inverno seguinte. Esse processo ocorrendo sucessivamente, desagregará, aos poucos, a rocha, após um certo tempo, causando o desmoronamento de parte da rocha, e consequentemente, levando à formação dos grandes paredões ou fiordes.

Consequências da erosão

 Efeitos poluidores da acção de arraste

  • Os arrastamentos podem encobrir porções de terrenos férteis e soterrá-los com materiais áridos.
  • Morte da fauna e flora do fundo dos rios e lagos por soterramento.
  • Turbidez nas águas, dificultando a acção da luz solar na realização da fotossíntese, importante para a purificação e oxigenação das águas.
  • Arraste de biocidas e adubos até os corpos de água e causarem, com isso, desequilíbrio na fauna e flora nesses corpos de água (causando eutroficação por exemplo).
  • Assoreamento: que preenche o volume original dos rios e lagos e como consequência, vindas as grandes chuvas. Esses corpos de água extravasam, causando as enchentes.
  • Instabilidade causada nas partes mais elevadas podem levar a deslocamentos repentinos de grandes massas de terra e rochas que desabam talude abaixo, causando, no geral, grandes tragédias (ver deslizamento de terra).

 
Referência:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Eros%C3%A3o#Fatores_que_contribuem

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